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  • Foto do escritorEmanuelle Tinel

Maternidade e culpa

A maternidade costuma ser uma jornada complexa e repleta de intensos sentimentos e emoções. Entre elas a culpa, que atrelada as demandas maternas, são assuntos constantes por aqui, seja em setting terapêutico, conversas com amigas, papos nas redes sociais e na minha própria terapia pessoal. Sim, eu também sinto culpa!

A tentativa de dar conta de todas as demandas da maternidade e ainda, buscar conciliá-la com a vida acadêmica e carreira ao mesmo tempo, costumam endossar esta culpa. Além disto,  ela pode ser intensificada pela pressão social e pelas expectativas irreais que são colocadas sobre nós.

Culpa e sobrecarga costumam ser vendidas em combo! Mas, é importante lembrar que a maternidade real pode ser diferente da maternidade que foi idealizada. Assim, convém lembrar que nem sempre será possível equilibrar os pratos. E quando alguns pratos caem, a culpa tende a aumentar.

Como estratégia de enfrentamento, podemos listar as nossas prioridades e realizá-las conforme as nossas possibilidades. Metas reais! Lembrando que, nossas prioridades provavelmente serão diferentes, pois cada pessoa organiza a vida de acordo com os seus repertórios internos.

Outra  estratégia para lidar com a culpa materna é buscar compartilhar experiências com outras mães. Seja presencial ou virtualmente em grupos de apoio emocional materno nas redes sociais. O compartilhamento das  experiências e vivências com outras mães, possibilita a promoção da autoaceitação e do empoderamento materno.

Além disso, é importante praticar o autocuidado! E acredito que essa seja a parte mais difícil.  Afinal, para reservar um tempo para si e incluir na rotina atividade física regular, meditação, lazer ou simplesmente o descanso, carecemos de rede de apoio e nem todas as mães tem esse privilégio.

  Ainda assim, é fundamental que eu frise a importância de cuidar do nosso  bem-estar. Pois, o equilíbrio emocional, nos auxilia a reduzir os sentimentos de culpa e contribui para uma maternidade mais saudável. E para que isso aconteça é preciso reconhecer os nossos limites pessoais e assim e também, estabelecer expectativas mais realistas.

  A maternidade perfeita só existe na nossa fantasia e cada uma de nós vai lidar com as circunstâncias e os desafios da maternidade real de uma forma diferente. Lembre-se de acolher as suas dores, mas não se esqueça de brindar as experiências positivas e seus esforços diários.

E caso precise e seja possível, busque auxílio profissional para lidar com a culpa materna. Sabemos que a  maternidade costuma ser um processo difícil, porém, o suporte  qualificado, pode contribuir para o seu crescimento pessoal e emocional, além de auxiliar no desenvolvimento de uma parentalidade saudável.

 



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