O filho nasce nos sonhos. A partir de tudo aquilo que juntamos a nossa vida inteira, ele é idealizado.
Mas ideias não nascem por vias de parto. Ideias, daquelas envoltas em nuvens de algodão, costumam permanecer nos sonhos.
Mas você tá dizendo que sonhos não se realizam? Não! Não é isso!
Mas as realizações, quando falamos de pessoas, tem literalmente vida própria e não são guiadas por nossos pensamentos.
E isso não é necessariamente ruim! Porque ser mãe de robôs talvez não seja mesmo uma boa ideia.
Idealizamos um. Nasce outro. E cresce conforme aprende no ambiente que a gente consegue criar.
Cada um com suas particularidades.
Algumas particularidades deixam nossos dias mais puxados! A gente precisa aprender coisas bem além do que imaginou e se virar nos trinta pra desenvolver táticas pra amenizar as dores.
As deles. E as nossas.
Porque as vezes a caminhada pode ser solitária e difícil de ser compreendida por quem não anda pelo mesmo caminho.
A maternidade já é um bocado difícil, por questões sociais, cobranças, sentimento de culpa, falta de rede de apoio. E a maternidade atípica veio com um bônus, pois intensifica numa proporção absurda as preocupações acerca do futuro deles.
A gente enfrenta uma espécie de luto por ter idealizado algo e ver que na vida real, as possibilidades costumam ser diferentes.
E luto não elaborado traz adoecimento! Então, é importante prestar atenção aos seus sentimentos e como isso afeta o teu cotidiano.
Se precisar, busque ajuda profissional!
Emanuelle Ribeiro Tinel
Psicóloga - 03/23666
Não é fácil ser mãe